Além dos produtos comercializados derivados da jabuticaba, apresentações culturais e vivências na área do plantio são oferecidas durante a época da colheita
Com a primeira edição no ano de 2019, a Festa da colheita de Jabuticaba, que ocorre em Taquaruçu, a 28 km de Palmas, é realizada pela comunidade local. Desde então, o evento ocorre sempre em novembro, na chegada da estação chuvosa.
A ideia surgiu no quintal da casa da autônoma Lucyene Nascimento, que percebeu o desperdício da fruta e resolveu criar receitas para a família, como geleias, bolos, sorvetes e sucos.
A jabuticaba é fruto da jabuticabeira, uma árvore frutífera brasileira da família das mirtáceas. A espécie é nativa da Mata Atlântica e se destaca pelo seu formato pequeno, casca roxa e polpa branca. É rica em nutrientes, como ferro, vitaminas C, B1, B2, B3 e carboidratos.
De acordo com Lucyene, que também é idealizadora da Festa da Colheita de Jabuticaba, o evento proporciona ainda uma experiência nos pomares.
“Funciona como vivência. Cada turista chega em Taquaruçu, paga uma taxa para ter acesso aos quintais com os pés de jabuticaba e entra para pegar a jabuticaba diretamente do pé”.
A experiência se estende para uma feira que ocorre à noite em Taquaruçu. “Além da vivência nos pomares, nós temos a feira onde comercializamos os pratos feitos. São três dias e o turista ou visitante tem a opção de degustar os produtos com a jabuticaba”, explica.
Dentre os diversos produtos que são comercializados, há pães, bolos, tortas, bombons, licores, geleias, suco, vinho e coxinhas.
O evento atrai visitantes, movimenta o setor turístico e gera emprego temporário, com o crescimento do turismo local, da gastronomia e também do turismo rural, direto dos quintais dos produtores. Dessa forma, todos aproveitam para não desperdiçar e, ao mesmo tempo, melhorar a renda familiar.
A diarista Rosalina Oliveira da Cruz, 18 anos, mora em Buritirana, a 36km de Taquaruçu. Ela conta que conseguiu trabalhar pela primeira vez no evento neste ano por meio do emprego temporário.
“Conheci pessoas diferentes, com gostos variados. Os aspectos positivos não foram apenas o lucro que contribuiu para as despesas de casa, mas também a oportunidade de saborear e descobrir novos sabores. Quanto aos aspectos negativos, foi apenas o cansaço mesmo, mas com uma recompensa no final, os pontos positivos foram superiores aos negativos.”
Para Rosalina, mais eventos e festivais deveriam ocorrer no distrito. “Isso ajudaria principalmente os microempreendedores locais, já que boa parte deles depende desses eventos. Eu sei que custa dinheiro dos cofres públicos, mas esses eventos beneficiam muito a comunidade local”, relata.
Como funciona
São três dias de festival antecedidos por sete dias de colheita e vivência em áreas de plantio. Inicialmente, os pomares são abertos para as pessoas colherem os frutos. São 10 dias e no final da colheita é realizada uma feira com os produtos a base da jabuticaba.
Durante o evento é realizada a rota gastronômica com os produtos derivados da jabuticaba, assim, todos os empreendimentos locais participam. O evento sempre ocorre no mês de novembro e as datas podem variar, a depender das previsões da chegada da estação chuvosa, cerca de um mês antes do período da colheita e do amadurecimento dos frutos.
5ª edição da festa da colheita em 2023
A 5ª Festa da Colheita da Jabuticaba ocorreu entre os dias 5 e 8 de outubro devido às chuvas no mês de agosto.
Conforme publicado pela Prefeitura de Palmas, nesta edição a ganhadora da categoria Prato Doce foi Laís Benício, que criou ‘Verrine de Jabuticaba’. O doce é feito de creme de leite ninho com toque de baunilha, brownie red velvet e geleia de jabuticaba.
“O Festival foi ótimo, conseguimos boas vendas, e agora essa premiação veio para mostrar que estou no caminho certo”, disse a ganhadora, por meio da assessoria da prefeitura.
Já o prato salgado foi o “Burguer da Serra”, com autoria do Felipe Santos, que inaugurou o empreendimento no festival. Conforme divulgado pela prefeitura, o hambúrguer é feito com pão de brioche, blend de angus, queijo cheddar e geleia de jabuticaba.
Quem também participou pela primeira vez e conseguiu a premiação na categoria drink foi Jucelene Batista. “Com sua releitura da tradicional caipirinha, criou o drink ‘Brasileira Negra’, que leva cachaça artesanal, jabuticaba e espuma de jabuticaba”, divulgou a prefeitura.
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